O luxemburguês Frank Schleck negou (claro) nesta quarta-feira que tenha tomado qualquer substância proibida depois de testar positivo para doping na atual edição do Tour de France.
Schleck negou o doping e acusou envenenamento |
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O ciclista ainda sugeriu que possa ter sido envenenado, após um exame apontar a presença do diurético Xipamida, segundo informou a União Ciclística Internacional (UCI) na última terça.
Após a confirmação do caso de doping, Schleck resolveu deixar o Tour de France antes da etapa 16.ª que teve largada nesta quarta. O ciclista da equipa RadioShack disse que "rejeitou formalmente" ter tomado qualquer substância proibida e solicitou a realização da amostra B do teste antidoping.
Um comunicado enviado pelo ciclista para a imprensa do seu pais o Luxemburgo disse que "se esta análise (amostra B) confirmar o primeiro resultado, uma queixa será apresentada contra uma pessoa não identificada por envenenamento".
Frank Schleck é o irmão mais velho de Andy Schleck, campeão do Tour de France de 2010, que ficou fora da edição deste ano da prova por causa de uma lesão na coluna vertebral (ver aqui). No ano passado Frank ficou com a terceira posição da tradicional competição.
Na última terça, a UCI informou que Schleck controlou positivo para o diurético proibido Xipamida no sábado, confirmando novo caso que mancha a reputação do ciclismo, já abalado por vários outros problemas com doping.
O diurético Xipamida é classificado como uma substância específica e que não requer uma suspensão provisória. A Agência Mundial Antidoping (Wada), por sua vez, ratificou que "substâncias específicas" como a Xipamida fazem parte de um grupo "mais susceptível a uma justificativa verossímil, sem relação com doping".
As punições ligadas a este tipo de diurético são geralmente mais brandas pelo fato de os atletas terem mais hipóteses de provar que não ingeriram a substância com o objetivo de melhorar o seu desempenho esportivo.
Antes de abandonar a Volta da França, Schleck estava na 12.ª posição na classificação geral da prova, 9 minutos e 45 segundos atrás do líder, o britânico Bradley Wiggins, sendo que a última terça-feira foi dia de descanso para os ciclistas.
Quando se sagrou campeão da Volta da França em 2010 (ver aqui), Andy Schleck foi beneficiado pelo caso de doping envolvendo Alberto Contador, que perdeu o título após ter controlado positivo na substância proibida chamada clenbuterol.